Educação e sexualidade humana

Educação e sexualidade humana

A sexualidade humana é construída ao longo da nossa existência. Caminho que envolve não apenas o ato ou desejo sexual, pois a sexualidade é exercida nas relações de afeto. O sexo biológico, ou seja, o masculino e o feminino, acabam por definir o indivíduo na sociedade por valores morais impostos. Essa restrição é consequência de desconhecimento e afeta a pessoa que não consegue ser aceita. Não é simples discutir orientação sexual e gênero, fechando-os em caixinhas definidas.

Padrões sociais X sexualidade

Os padrões sociais fixam o uso da sexualidade com pouca ou nenhuma discussão sobre prazer, tornando o assunto confuso na conduta sexual do indivíduo. Dessa forma, desconsidera-se a importância de ampliar percepções e aprofundar conhecimentos para a construção da identidade pessoal. Apenas com subsídios construídos a partir de saberes é possível refletir e buscar o próprio bem-estar físico, psíquico e social, em qualquer faixa etária, incluindo idosos. A sexualidade existe no ser humano até seu último suspiro.

Sentimentos ligados à sexualidade

Os sentimentos associados à sexualidade são ainda barrados por muros morais, dificultando discussões e compreensão destas emoções que, muitas vezes, prejudicam o cotidiano social, emocional e até de trabalho. Deixar florescer o que existe dentro de cada um possibilita questionamentos a preconceitos enraizados na nossa cultura e à naturalidade para encontrar felicidade na vida e nas atividades sexuais.

A vivência da alegria, a liberdade a fantasias, o conhecimento e aceitação do próprio corpo, o desfrute do tato e sensações que o sexo traz só são possíveis com o entendimento da orientação sexual.

Sexualidade e saúde

A partir do século XIX, começa-se o estudo de higiene e comportamento sexual, com pesquisadores dando embasamento científico a essas questões. É quando surge o termo sexualidade.

A prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, de gravidez na adolescência ou indesejada, de violência sexual, passa pela consciência da própria sexualidade. Mas ainda há muitos entraves para esta discussão. Para se ter uma ideia, no Brasil, apenas na década de 1990 é que o tema entrou nos Parâmetros Curriculares Nacionais, um reconhecimento oficial da necessidade de trabalhar a sexualidade de forma transversal.

Pedagogos, psicólogos, médicos e outros profissionais das áreas das ciências humanas e saúde mantêm a preocupação com este lado tão reprimido da natureza humana. Quanto maior o conhecimento sobre a própria sexualidade, mais equilíbrio emocional terá o indivíduo, mais harmonia existirá entre grupos, menos preconceito para o caminho de desenlace das diferentes orientações sexuais.

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