Home office: o futuro é hoje e cabe na mão

Surpreendendo especialistas e gestores de pessoas, o trabalho remoto realizado de casa durante a pandemia do coronavírus se mostra cada vez mais pronto para o presente. Empresas podem economizar dinheiro e trabalhadores podem permanecer no conforto de suas casas . Entenda como o isolamento social e a quarentena iniciaram – ou anteciparam – uma possível revolução no meio corporativo e de que maneira isso afeta você que lidera grupos.

O minimalismo dos celulares é ouro

Ao escrever “Daqui Pra Lá”, música lançada em 2001, a banda de rock brasileira Titãs talvez não imaginasse que o futuro, literalmente, caberia na mão. Talvez não em tão poucos anos. Quase duas décadas depois, vemos como o mundo se move através de smartphones. Seja para chamar um carro por aplicativo, para pedir comida, para pesquisar uma localização, um endereço ou até mesmo a vida de uma pessoa, o artefato que está na mão de boa parte do planeta nos dias de hoje é a escola.

Além disso, mais barreiras foram rompidas. Ultimamente, os celulares têm sido utilizados também no trabalho. Aplicativos são utilizados para criar, desenvolver e divulgar diversos produtos. Essas pequenas máquinas que carregamos nos bolsos são verdadeiros computadores. Rodam programas e aplicativos pesados, têm espaçosos cartões de memória e são versáteis: também podem fazer ligações, mesmo que muitas pessoas tenham esquecido desta função.

Com suas câmeras, redes sociais, programas e, principalmente, mobilidade, os telefones móveis são imprescindíveis. Pessoas esquecem chaves, carteiras, até mesmo óculos e, durante a pandemia, máscaras, mas pouca gente esquece o celular. Desta forma, as empresas notaram essa utilidade e pararam de ver os aparelhos como obstáculos para seus funcionários manterem o foco. Agora, muitas corporações não só incentivam o uso dos smartphones, como municiam seu pessoal com eles.

Trabalhando de casa, não é diferente. Celulares são constantemente utilizados, sendo isso um motivo para o meio corporativo seguir aproveitando essa tecnologia. São diversos os motivos que tornam esse tipo de aparelho útil para as empresas e, claro, para os funcionários, mas dois se destacam: portabilidade e preço.

Já foi uma grande mudança as empresas abandonarem as máquinas de escrever e outras tecnologias que,atualmente, são arcaicas, e investirem em computadores. Então, vieram os laptops – popularmente chamados de notebooks, os computadores portáteis. Por fim, a troca, por enquanto em andamento, deles pelos celulares, versões pequenas dos computadores móveis.

Como considerável parcela da população tem ao menos um aparelho celular, fica barato para a empresa investir nisso. Em vez de grandes e caros computadores, a empresa disponibiliza celulares bem mais em conta ou até mesmo não gasta nada, aproveitando o que o funcionário já dispõe .Muito se economiza em tecnologia, sem prejudicar o andamento do trabalho e o desempenho do contratado.

Consequentemente, com as tecnologias portáteis de ponta, a transição abrupta do escritório – no caso, a repartição, o prédio da corporação – para a sala, cozinha, quarto, banheiro ou qualquer outro cômodo da própria casa, causada pela pandemia da Covid-19 foi um sucesso para muitas empresas. Não ser mais necessário contar com um aporte tecnológico enorme, como era há alguns anos, foi um facilitador para o início de uma possível nova era: a do home office – o escritório em casa, no português. O trabalho a distância tornou-se possível e deverá ser encorajado nos próximos anos, como parte do tão falado “novo normal” que o planeta pode passar a ter quando a pandemia acabar.

Computadores portáteis facilitaram a implementação dos escritórios portáteis (de casa), mas eles ainda são geridos por seres humanos. Muitos ainda irão relutar quanto à produtividade em casa, argumentando sobre as distrações, como cama, televisão, videogame, família e por aí vai. Entretanto, até que ponto estar em casa é uma distração e quando torna-se uma motivação extra? Quais são as melhores maneiras de abordar o trabalho remoto ao gerir pessoas e o que esperar?

As surpresas decorrentes da pandemia

Quem não gosta de uma surpresa positiva? A pandemia, apesar de seu principal lado que remete à tristeza e às mortes, também trouxe pontos positivos. Muitas pessoas creem que a quarentena trará resultados bons para a tecnologia e as relações de trabalho num futuro próximo.

Um tema muito debatido em meados de março, quando o isolamento social teve início no Brasil, foi uma possível queda no desempenho dos funcionários das corporações no período, devido às já mencionadas distrações de casa. Porém, de acordo com pesquisas, para a surpresa de muitos, esse tipo de trabalho não gerou uma queda na produtividade de seus contratados. Muito pelo contrário: a produção aumentou – e muito, em alguns casos –, segundo pesquisas que vieram sendo realizadas nos últimos meses.

A empresa de telefonia móvel Oi, por exemplo, fez uma pesquisa com seus colaboradores. O tema era justamente a produtividade durante o período de home office e as expectativas para o futuro. Segundos os dados divulgados, 84% dos trabalhadores da empresa estão operando de casa, totalizando mais de 11 mil pessoas.

Mais de 10 mil deles participaram da pesquisa. 78% assinalaram que têm interesse em seguir trabalhando desta forma quando a pandemia chegar ao final. Do lado dos gestores, surpreendentes 95% deles afirmaram que aprovam o trabalho a distância para suas equipes, sendo que a maioria destes prefere deixar de uma forma que o trabalho seja executado metade da semana de casa e metade da empresa, de maneira presencial.

A aprovação do home office se deve muito aos dados a seguir que falam sobre a produtividade no período remoto: 38% disseram que a produtividade aumentou, enquanto 57% afirmaram que ela se manteve. Ou seja, incríveis 95% dos trabalhadores da Oi que estão trabalhando em casa desde o início do período de isolamento social, não sofreram queda de rendimento, apesar de muitas pessoas acreditarem que isso aconteceria.

O modelo de trabalho remoto já é implementado na empresa desde 2018, com 22% de seu pessoal operando desta maneira nesses dois anos. Porém, a Oi irá estudar implementar ainda mais trabalho a partir das casas de seus colaboradores. É positivo para a empresa, que economiza com suas instalações – manutenção, luz, água etc – e bom também para o trabalhador, que não sofre desgaste de trânsito e transporte público, além de ficar em um ambiente confortável. É sempre essencial oferecer as melhores condições de trabalho à sua equipe, porque desta maneira, a produtividade tende a aumentar, como foi notado na pesquisa.

Porém, além da positiva surpresa nos primeiros meses de trabalho em casa, até que ponto isso pode durar? Quanto estará presente quando a pandemia terminar? Mas, principalmente contando com o aumento no número de pessoas trabalhando em home office, de que forma é possível manter sua equipe constantemente motivada?

Estratégias para manter a produtividade de sua equipe

O trabalho remoto, segundo pesquisa da Runrun.it, proporciona maior autonomia para os funcionários. Sendo assim, muitos se mostram felizes com esta modalidade. Na pesquisa, 93% dos colaboradores responderam que não estão se irritando com mais facilidade. Apenas 24,8% têm achado mais difícil administrar o próprio tempo, 28% estão com mais dificuldade de obter apoio de outras áreas das empresas, 30% estão mais inseguros em relação à estabilidade no emprego e 22% sentem-se mais sozinhos.

O fato novo, naturalmente, motiva as pessoas. Após uma mudança de casa, por exemplo, há um sentimento de felicidade pela novidade. A alegria do momento toma conta por um determinado período e a pessoa quer aproveitar os novos quarto, banheiro, sala e cozinha. As novidades são positivas num primeiro momento, mas talvez essa positividade não perdure, ou diminua com o tempo. Isso pode fazer muitos pensarem se o home office dá bons resultados por ser justamente um fato novo ou se será constante essa melhora na produtividade. Para evitar uma queda de desempenho a distância, especialmente com o passar do tempo e uma possibilidade de acomodação, é necessário tomar diversas precauções e traçar estratégias para seu time, como planos de metas.

Apesar de muitos gestores de pessoas já saberem como liderar suas equipes por home office após os últimos meses, muitas estratégias podem ficar ultrapassadas. Para isso, é sempre bom ter em mente diferentes abordagens. Estar em constante contato é imprescindível: relatórios, feedbacks e, especialmente, análises rápidas dos trabalhos realizados pelos funcionários. É muito importante também realizar reuniões, se possível, diariamente ou algumas vezes na semana, pedindo relatórios e o andamento do que foi demandado. Transparência e sinceridade são tudo nesses momentos.

Definições de metas plausíveis, planejamento – e atualizações dos planos – e a utilização de ferramentas para a organização do trabalho também são itens muito necessários. O Trello é uma ótima ferramenta para a organização de tarefas, podendo ser acessado pelo link https://trello.com/pt-BR. Vale ressaltar que as metas não podem ser exageradas, especialmente em um momento delicado como o atual, porque isso pode inclusive desmotivar a equipe.

Outra maneira de melhorar o desempenho da empresa é capacitando os funcionários. Não há forma melhor de fazer isso, especialmente de casa, do que realizando cursos. Existem diversos cursos gratuitos – ou pagos – na internet. Independente do assunto, existirá algum curso com recursos variados e fáceis de aproveitar, como vídeos, que os funcionários poderão assistir para que entendam melhor sobre os assuntos. Motivar os colaboradores a tirarem uma hora do expediente por dia para isso é uma ótima maneira de virar um pouco a chave deles. Assim, a empresa forma bons profissionais e os funcionários conseguem ter um momento diferenciado em suas jornadas de trabalho diárias.

Planeta Terra (de casa)

Além da mudança nas relações de trabalho, o home office pode mudar a sociedade num todo. Já nos habituamos a ver, diariamente nas cidades de médio e grande porte, filas quilométricas, trânsito caótico e pessoas cansadas. Com a implementação do trabalho remoto na vida da população, que deverá durar até depois da pandemia, poderemos notar algumas mudanças nestes aspectos.

Menos trânsito significa menos poluição e, desta maneira, um ponto positivo para o meio ambiente na relação com os seres humanos. O transporte público irá, provavelmente, seguir lotado. Mas uma pessoa a menos que tenha de pegar o ônibus, trem ou metrô diariamente para chegar à sua empresa, representará um espaço a mais vago e uma pessoa a menos nas filas. Afinal, quanto menos fila, menos estresse. Quanto menos estresse, mais saudável uma comunidade será.

Apesar dos desafios, como manter funcionários motivados constantemente ou monitorar a produtividade, muitos gestores aprovam o trabalho a distância. Por isso, mesclar trabalho presencial com remoto após o término da pandemia, é uma estratégia que muitas empresas provavelmente utilizarão. Funcionários mais motivados, próximos de suas famílias e mais produtivos farão empresas economizarem em instalações e verem a crise ser apenas um obstáculo. Tudo com a ajuda da tecnologia portátil. Até porque o futuro chegou e cabe na palma da nossa mão.

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